das coisas favoritas

Não tenho nada de muito organizado para dizer ou para mostrar, mas comecei um blog que, apesar de ter apelidado de desgraça, gostava que durasse em bem uns tempos.
Março foi um mês muito cheio de trabalho. Vai ser bom mostrar tudo daqui a uns meses mas para já a energia que sobra serve para voltar às tintas e pintar camisolas.

Planeio e faço listas de tudo o que quero fazer, ali no cantinho dos projectos pessoais, e talvez tenha mesmo mais talento para planear do que para fazer coisas. Não entendo esta tendência para organizar trabalho em vez de o vir fazer efectivamente e ainda não percebi se a minha vida profissional é demasiado cheia mesmo, até porque também é criativa, ou se arranjo desculpas para não me ver falhar nos projectos pessoais.

Ontem, ao pensar mais ainda sobre isto (há anos que penso e penso), percebi que se calhar exijo demasiado da pintura e não lhe posso pedir tanto.
Quero pintar coisas que tenham significado emocional para mim, que representem a minha vida, quero ficar orgulhosa do registo e da técnica, quero desligar do mundo e das preocupações e entrar “na zona” enquanto não penso em nada e quero ficar a babar pelo resultado final, na expectativa de poder ficar horas a apreciar a pintura.

Ora, parece-me só muita coisa. Mas só ontem consegui listar isto na cabeça e entender que de facto peço isto tudo, é um bocadinho impossível para já e é daí que vem a frustração. Se cumpro um ou dois pontos e falho outros dois já fico aborrecida, já dou passos atrás e já evito pegar nas coisas no dia a seguir.


Se nada der certo, um dia partilho as minhas listas cheias de planos e projectos que iam MESMO ser bonitos :D

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Uma desgraça de blog